quinta-feira, 11 de junho de 2009

Relatório

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL.

Relatório nº 4
Turma: LP3
Turno:noturno
Área: Língua Portuguesa
TP:3
Data: 12/05/09 terça-feira
Formadora: Anny Michelly Brito
Coordenadora- Nilce Romero Lucchese-

Iniciamos a nossa oficina com a leitura do texto “A moça tecelã” de marina Colasanti. O texto apresenta a personagem com um papel muito importante de tecer e destecer, ou construir e desconstruir o que lhe é importante. Poucos cursistas comentaram sobre o texto, então comparei o processo de tecer da moça com a produção do texto e relembrei os professores da origem da palavra TEXTO (que vem do Latim e significa Tecer). Nesse momento os cursistas participaram, falando da importância da construção do texto e seus processos.
Durante a socialização da Lição de Casa os cursistas foram indagados sobre o processo de planejamento das aulas e quais os resultados obtidos. Alguns professores sentiram-se inseguros durante a execução da Lição de Casa, por não dominarem o uso das sequências tipológicas e por não sabem como trabalhar esse assunto com os alunos. Também tivemos Lições de Casa bem sucedidas, que foram bem planejadas, executadas e que atingiram os objetivos propostos. Utilizamos essas atividades com espelho para os professores, destaco aqui a Lição de Casa da professora Luclécia e do professor Ádemir.
Recapitulamos os conteúdos das unidades 9 e 10. Destaquei mais uma vez, a importância sócio-comunicativa de um texto. Li para os cursistas a reportagem de capa da revista Nova Escola[1] que fala sobre a necessidade de trabalhar vários gêneros textuais em sala de aula, para que os alunos se familiarizem com a diversidade textual.

“No caso aqui abordado –assim como em todo exame –nunca é pedido que se identifique a que gênero um texto pertence. Isso Porque o mais importante é compreender qual a finalidade comunicativa de cada um deles.
[...] Não há outra maneira de os estudantes reconhecerem isso senão tento o maior contato possível com diferentes gêneros e suas características.
[...] Isso fica claro nas perguntas que exigem a leitura de uma fábula. Apesar de todos os textos desse gênero possuírem características iguais, cada um deles apresenta uma textualidade. Uma mesma fábula, portanto, pode ter diferentes versões em função de sua linguagem. [...] a familiaridade com leituras variadas é essencial.

Já para o estudo das unidades 11 e 12 utilizamos xérox que continha conceitos de Platão e Fiorin[2] sobre os tipos textuais. Os cursistas destacaram as diferenças dos tempos e dos modos verbais e o tempo cronológico e lógico em cada tipo.
Para ilustrar o uso das sequências tipológicas, analisamos a divisão em sequências tipológicas de um texto do gênero Carta Pessoal feito por Marcuschi[3]. Aqui ficou evidente que um texto não é unicamente de um tipo textual e sim uma mescla que resulta as sequências tipológicas.
A turma foi dividida em três grupos. Cada um responsável por discutir um exercício e socializar as conclusões. Os grupos foram bem sucintos em suas explicações, os grupos A e B realizaram com sucesso as atividades e contribuíram com a turma. O grupo C não aprofundou seus conhecimento durante a atividade tratando do assunto de uma maneira muito superficial, não contribuiu para o conhecimento da turma.
A turma foi novamente dividida, agora em dois grandes grupos A e B, ambos analisaram o Texto “Composição: Salário Mínimo” de Jô Soares. O grupo A tinha por objetivo buscar argumentos que caracterizassem o texto como uma atividade escolar. E o grupo B buscou argumentos para caracterizar o texto como não escolar.
Foram citados pelos professores no momento da socialização de em um primeiro momento o texto pode ser confundido com uma produção escolar, pois o vocabulário é simples, a fonte é manuscrita em uma folha de caderno, há correção de palavras, entre outros. Porém após um estudo mais detalhista fica evidente que se trata de um artigo de opinião, por tratar de um texto crítico, sem erros de ortografia e até engraçado. Uma criança desconhece muitas informações trazidas no texto sobre o salário mínimo.
Também concluímos que dependendo do suporte em que se encontra este texto, como por exemplo, uma revista na parte de entretenimento, o gênero passaria de artigo de opinião para texto humorístico. Os grupos consideraram que a sequência tipológico que prevalece é a narrativa.
Para encerrar os cursistas foram motivados a lerem o TP4 que trás informações sobre o letramento, produção de texto e leitura. Também sugeri algumas leituras como M. Soares[4], A.Tfouni[5], Kleiman[6] e Matencio[7].



Campo Grande 12 de maio de 2009.


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Anny Michelly Brito


[1] NOVA ESCOLA. Ano XXIV. Nº222. Maio, 2009.
[2] FIORIN, J.L. PLATÂO, R. Lições de textos: leitura e redação. São Paulo: Ática.
[3] MARCUSCHI, L.A. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO. A.P. MACHDO, A.R. BEZERRA, M.A. Gêneros textuais e Ensino. Rio de janeiro: Lucerna, 2007.
[4] SOARES, M. (2002). Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: autêntica.
[5] TFOUNI, L. V. (2001). Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez.
[6] KLEIMAN, A. B. (Org.) (1995). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado das letras.
[7] MATENCIO, M. de L. M. (1994) Leitura, produção de textos e escola. Campinas: Mercado das letras.

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